Visita de Estudo a Lisboa de Turmas do 12º anos do Ensino Profissional, no passado dia 7 de fevereiro:

O dia começou cedo, mas os nossos alunos estavam presentes para a visita de estudo a Lisboa.

A manhã distribuía os alunos entre o Auditório de Santa Joana Princesa para assistirmos à peça de teatro interativo em inglês “The Invisible Man” e a visita à Calouste Gulbenkian nomeadamente ao seu jardim, obra-prima dos arquitetos António Barreto e Gonçalo Ribeiro Teles, construído na década de 60, assim como as esculturas subtilmente distribuídas pelos seus recantos. Foi neste espaço mágico de floresta encantada que teve lugar a atividade lúdico-pedagógica “Luz e sombra”. 

Esta convidava os alunos à descoberta das subtilezas escondidas no jardim, que se iam revelando paulatinamente, numa dança de reflexos, tonalidades, luzes e sombras. Tecnicamente falando, a atividade consistiu na revelação fotográfica usando as plantas tanto como motivo a imortalizar assim como componente do químico revelador.

Desta feita, os alunos recolheram material vegetal, neste caso folhas caídas, mas ainda verdes, dado que a regra aqui é preservar as plantas tal qual se encontram, não se podendo cortar ou arrancar. Posteriormente preparou-se o químico revelador, constituído por Bicarbonato de Sódio, Vitamina C (ácido ascórbico), colocado numa tina de revelação ao qual se adicionou todo o material vegetal para que os fenóis existentes no material vegetal completassem a fórmula. Depois de algum tempo em emersão, este material foi colocado sobre um papel fotográfico fotossensível, suavemente pensado por um vidro. Seguidamente, as preparações foram expostas em local mais claro, para que a luz fizesse o seu papel. Após esta etapa passou-se para a terminação da revelação passando os papeis para a tina de fixação para parar a revelação e por fim colocadas a secar numa corda. E “voilà”, da sombra fez-se Luz, das plantas se fez arte, 12 fotografias, fixadoras de instantes, onde as plantas revelaram as suas formas, volumes e nervuras e os alunos a sua sensibilidade artística. Parabéns a todos pela dedicação e entusiasmo bem como aos monitores da Fundação que nos presentearam com esta atividade.  

Durante o almoço em tempo livre e relaxado, a Baixa de Lisboa foi palco na busca do passado inscrito no deambular pela Lisboa Amada de Fernando Pessoa, pisando, conhecendo, assim, de uma só vez, as ruas imortalizadas por incontáveis escritores, nem todos portugueses, levaram o poeta a registá-las num mapa e a enaltecê-las, um dia, com a sua presença. Como se atrás de vaga imagem, talvez Fernando, talvez heterónimo, calcorreamos, um tanto à sorte, em busca de vestígios da sua vivência. Trajeto de muitos sorrisos e afetos e outras tantas aprendizagens numa "Lisbon Revisited" à Álvaro de Campos.

A visita decorreu ao sabor do vento e fez com que o regresso corresse sem percalços.

Deixamos um sorriso em forma de agradecimento ao motorista, Sr. Paulo, pela disponibilidade de andar connosco sem reservas.

Os professores: Fernanda Rino, Maria Fael, Tânia Santos, Telma Silva, Rui Rocha.