Os alunos do 5º,6º e 7º anos inseridos no projeto ALL INCLUDED estudaram e interpretaram “A Lenda da Moura Encantada de Salir". Este trabalho permitiu que os alunos estrangeiros contactassem com um pedaço de nós e da nossa identidade cultural e patrimonial. “As lendas são como o poeta popular António Aleixo diz serem as mentiras que trazem sempre à mistura, qualquer coisa de verdade. Todas elas retratam climas de encanto e magia, misturados com heroísmo e valentia. Isso faz-nos sentir bem, porque elas relatam histórias antigas de gente que em princípio nos deu o nome e por isso nos sentimos também heróis, centenas de anos depois.” Todos esses valores e imagética pictórica foram sendo cronologicamente transmitidos aos nossos alunos estrangeiros neste tipo de trabalho, aguçando-lhes o interesse e curiosidade não só pela língua como por uma cultura diferente, através do divertido “jogo” que é representar a identidade do país que os acolhe numa outra língua que não a sua. Parabéns aos alunos que tão entusiasticamente tentaram ultrapassar a barreira linguística, querendo sempre aprender mais e melhor a nossa Língua Portuguesa. Parabéns aos professores responsáveis que se uniram para ajudar/realizar este projeto tão desafiante e enriquecedor. Os Alunos intervenientes foram Nandini 6ºG (Narradora); Sofia 7ºH (Moura Encantada); Nicolas 7ºD ( Alcaide); Lea 6ºG ( Dom Gonçalo Peres); Michaela 5ºC (Dom Paio Peres); Mayckhendson 7ºH (soldado 1) e Alexandre 8ºC (soldado 2), Os professores responsáveis: Lia Lamarão (EV), Carla Gonçalves (TIC), Diana Silva (PORT), Maria Lúcia Gomes (PQLNM), Maria Meira (ET), Almiro Lemos (HIST) Sónia Aleixo (MAT). |
A Filosofia para Crianças aliada ao Cinema tende a desenvolver o pensamento crítico e filosófico da criança através dos filmes de animação e das curtas-metragens. As imagens, sons, cores e personagens levam os alunos a pensar de forma autónoma, incentivando à interrogação e à clarificação de conceitos. Neste sentido surge o programa de Filosofia com Cinema para Crianças.
As sessões decorreram durante o segundo período, nas seis turmas do 5ºano e foram dinamizadas pela educadora social do GAAF, Cátia Cabrito. No final do programa, as turmas e os respetivos diretores de turma foram desafiados a elaborarem um trabalho coletivo sobre as temáticas trabalhadas nas sessões.
Deste modo surge a exposição dos trabalhos de Filosofia com Cinema para Crianças que pode ser visitada na Escola Básica 2/3 de Quarteira.
Por fim, um agradecimento especial a todos os alunos e alunas do 5ºano pela participação, empenho, criatividade e por tornarem esta iniciativa possível, e também aos docentes do 5º ano: Ivo Faleiro, Eunice Carvalho, Sílvia Queimado, Diana Silva, Daniela Maia e Rute Santos, pela colaboração e disponibilidade.
Texto: Cátia Cabrito.
Dando continuidade ao workshop de Teatro, Dramaturgia e Cidadania, foi possível levar ao teatro no passado dia 17 de abril, alunos e família, professores e pessoal auxiliar e administrativo, para assistirem à peça “Soberana”, de Ana Lázaro e Ricardo Neves-Neves, uma co-produção do Cineteatro Louletano e Teatro do Elétrico.
“Há muitos, muitos anos, num país muito distante vivia um povo infeliz e solitário, vergado sob o peso de uma misteriosa tristeza.” Assim se inicia o livro de Manuel António Pina, O tesouro, com desenhos de Pedro Proença, publicado por Assírio e Alvim. E, tendo como base a leitura integral desta história, do país das pessoas tristes que “falavam baixo, como se alguma coisa, um segredo terrível, as amedrontasse”. Trouxemos o ambiente vivido antes do 25 de Abril para as aulas de Filosofia para crianças do 4º ano.
Os alunos ficaram a saber (entre outras coisas) que “os meninos do País das Pessoas Tristes não podiam ouvir as músicas, nem ver os filmes, nem ler os livros e as revistas de que gostavam, mas só as músicas, os filmes e os livros que não eram proibidos. Nem sequer podiam beber Coca-Cola, porque a Coca-Cola também era (ninguém sabia porquê) proibida!” E, ficaram a saber que “As raparigas e os rapazes não podiam conversar e conviver uns com os outros e tinham de andar em escolas separadas (…) e os rapazes, quando cresciam, eram mandados para horríveis guerras em países longínquos (…) e muitos deles morriam lá ou regressavam loucos ou estropiados”. E que tudo isto acontecia devido à perda de um enorme tesouro: a liberdade! As pessoas desse país tinham-na perdido, tinha-lhes sido roubada e precisavam de a recuperar.
Então, um dia, foram para a rua e com coragem, alegria, união e cravos conseguiram recuperar esse enorme tesouro. No entanto, os alunos do 4º ano refletiram que este grande bem não está seguro, nunca estará, como se pode constatar pelos acontecimentos recentes em torno do mundo. E perceberam que os guardiões dessa liberdade são eles próprios. Deste modo, foi realizada a exposição com os seus trabalhos “cravos com futuro” Em que os meninos e meninas do último ano do primeiro ciclo refletem sobre o que é a liberdade? Porque é que a liberdade é importante? Porque é que ela é um tesouro? Claro que as suas reflexões envolveram também outras formas de perda e combate pela liberdade e, por isso, tiveram em conta a situação da guerra na Ucrânia e outras ditaduras com as quais tantas pessoas lutam todos os dias por esse mundo fora. Deste modo, esta exposição demonstra também a riqueza das vivências multiculturais no nosso Agrupamento.
Essa exposição de trabalhos poderá ser visitada desde o dia 21 de Abril na Escola Secundária Drª Laura Ayres e estará disponível até dia 5 de maio, convida o visitante a deixar a sua reflexão acerca das mesmas questões. Convite esse que tem estado a ser aceite pelos alunos do ensino secundário de todos os cursos.
As docentes de Filosofia para crianças agradecem a participação e o empenho de todos os alunos e alunas que tornaram esta iniciativa possível, mas não podem esquecer, a colaboração inestimável dos colegas, docentes do primeiro ciclo: Ana Ferreira, Lélia Pinto, Márcio Guerra, Helena Mateus e Maria Passos, pois sem a sua dedicação diária e capacidade de ver em cada criança um futuro, integram e fazem crescer não só as capacidades e conhecimentos mas consistentemente contribuem para a construção de verdadeiros cidadãos conscientes, responsáveis, atentos e interventivos.
Bem-haja o professor que olha o presente, com olhos de futuro!
redação: Maria Isabel Marçalo
revisão: Sara Raposo